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Original Title: Folhas Caídas ASIN B003E484BQ
Edition Language: Portuguese
Books Folhas Caídas  Online Free Download
Folhas Caídas Kindle Edition | Pages: 131 pages
Rating: 3.67 | 338 Users | 19 Reviews

Specify About Books Folhas Caídas

Title:Folhas Caídas
Author:Almeida Garrett
Book Format:Kindle Edition
Book Edition:Special Edition
Pages:Pages: 131 pages
Published:March 25th 2010 by Edições Vercial (first published 1853)
Categories:Poetry. Cultural. Portugal. European Literature. Portuguese Literature

Interpretation As Books Folhas Caídas

"No Lumiar"
"Era um dia de Abril; a Primavera
Mostrava apenas seu virgíneo seio
Entre a folhagem tenra; não vencera,
De todo, o Sol o misterioso enleio
Da névoa rara e fina que estendera
A manhã sobre as flores; o gorjeio
Das aves inda tímido e infantil...
Era um dia de Abril.
E nós íamos lentos passeando
De vergel em vergel, no descuidado
Sossego d'alma que se está lembrando
Das lutas do passado,
Das vagas incertezas do porvir.
E eu não cansava de admirar, de ouvir,
Porque era grande, um grande homem deveras
Aquele duque - ali maior ainda,
Ali no seu Lumiar, entre as sinceras
Belezas desse parque, entre essas flores,
A qual mais bela e de mais longe vinda
Esmaltar de mil cores
Bosque, jardim, e as relvas tão mimosas,
Tão suaves ao pé - muito há cansado
De pisar alcatifas ambiciosas,
De tropeçar no perigoso estrado
Das vaidades da Terra.
E o velho duque, o velho homem de Estado,
Ao falar dessa guerra
Distante - e das paixões da humanidade,
Sorria malicioso
Daquele sorrir fino sem maldade,
Que tão seu era, que, entre desdenhoso
E benévolo, a quanto lhe saía
Dos lábios dava um cunho de nobreza,
De razão superior.
E então como ele a amava e lhe queria
A esta pobre terra portuguesa!
Velha tinha a razão, velha a experiência,
Jovem só esse amor.

Tão jovem, que inda cria, inda esperava,
Inda tinha a fé viva da inocência!...
Eu, na força da vida,
Tristemente de mim me envergonhava.

- Passeávamos assim, e em reflectida
Meditação tranquila descuidados
Íamos sós, já sem falar, descendo
Por entre os velhos olmos tão copados,
Quando sentimos para nós crescendo
Rumor de vozes finas que zumbia
Como enxame de abelhas entre as flores,
E vimos, qual Diana entre os menores
Astros do céu, a forma que se erguia,
Sobre todas gentil, dessa estrangeira
Que se esperava ali. Perfeita, inteira
No velho amável renasceu a vida
E a graça fácil. Cuidei ver o antigo
O nobre Portugal que ressurgia
No venerando amigo;
E na formosa dama que sorria,
O génio da subida,
Rara e fina elegância que a nobreza,
O gosto, o amor do Belo, o instinto da Arte
Reúne e faz irmãos em toda a parte;
Que afere a grandeza
Pela medida só dos pensamentos,
Do 'stilo de viver, dos sentimentos,
Tudo o mais como fútil desprezando.

Pensei que a saudar o velho ilustre
Em seus últimos dias
E a despedir-se, até Deus sabe quando,
De nossas praias tristes e sombrias,
Vinha esse génio... Tristes e sombrias,
Que o sol lhe foge, lhe esmorece o lustre,
E onde tudo que é alto vai baixando ...

O triste, o que não tem já sol que o aqueça
Sou eu talvez - que, à míngua de fé, sinto
O cérebro gelar-me na cabeça
Porque no coração o fogo é extinto.
Ele não era assim,
Ou sabia fingir melhor do que eu!

- Como o nobre corcel que envelheceu
Nas guerras, ao sentir o áureo telim
E as armas sobre o dorso descarnado,
Remoça o garbo, em juvenil meneio
Franja de espuma o freio,
E honra os brasões da casa em que foi nado.

Nunca me há-de esquecer aquele dia!
Nem os olhos, as falas, e a sincera
Admiração da bela dama inglesa
Por tudo quanto via;
O fruto, a flor, o aroma, o sol que os gera,
E esta vivaz, veemente natureza,
Toda de fogo e luz,
Que ama incessante, que de amar não cansa,
E contínua produz
Nos frutos o prazer, na flor a esp'rança.

Ali as nações todas se juntaram,
Ali as várias línguas se falaram;
A Europa convidada
Veio ao festim - não ao festim, ao preito.
Vassalagem rendida foi prestada
Ao talento, à beleza,
A quanto n'alma infunde amor, respeito,
Porque é deveras grande - que a grandeza
Os homens não a dão; Põe-na por sua mão
Naqueles que são seus,
Nos que escolheu - só Deus.

Oh!, minha pobre terra, que saudades
Daquele dia! Como se me aperta
O coração no peito coas vaidades,
Coas misérias que aí vejo andar alerta,
À solta apregoando-se! Na intriga,
Na traição, na calúnia é forte a liga,
É fraca em tudo o mais...

Tu, sossegado
Descansa no sepulcro; e cerra, cerra
Bem os olhos, amigo venerado,
Não vejas o que vai por nossa terra.
Eu fecho os meus, para trazer mais viva
Na memória a tua imagem
E a dessa bela Inglesa que se esquiva
De nós entre a folhagem
Dos bosques de Parténope. Cansado,
Fito nesta miragem
Os olhos d'alma, enquanto que, arrastado,
Vai o tardio pé
Por este que inda é,
Que cedo não será, bem cedo - em mal!
O velho Portugal."


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Ratings: 3.67 From 338 Users | 19 Reviews

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Ler Almeida Garret me lembra o Secundário.... Lembra-me as minhas aulas de literatura portuguesa.... Faz - me sentir nostálgica! Talvez seja por isso que " Folhas caídas " seja tão especial para mim. Por ter estudado alguns dos poemas dessa obra, isso dá -me uma perspetiva diferente dos outros leitores que não estudaram Garrett.

Ler Almeida Garret me lembra o Secundário.... Lembra-me as minhas aulas de literatura portuguesa.... Faz - me sentir nostálgica! Talvez seja por isso que " Folhas caídas " seja tão especial para mim. Por ter estudado alguns dos poemas dessa obra, isso dá -me uma perspetiva diferente dos outros leitores que não estudaram Garrett.

Não te amo, quero-te: o amar vem dalma. E eu nalma - tenho a calma, A calma - do jazigo. Ai! não te amo, não.

Estou rendida à poesia de Garrett. Li este livro três vezes: a primeira para me habituar à sua escrita, a segunda para analisar tudo aquilo que me cativou e a terceira para ler tudo aquilo que não tinha compreendido na primeira leitura. Cinco estrelas são poucas para avaliar tudo aquilo que esta obra nos apresenta.

Estes poemas dizem-me muito. Lembro-me de os ler repetidamente num livro velhinho que havia em casa dos meus avós. Quando me apaixonei pela primeira vez, lia alguns destes poemas e a minha tia escreveu-me um postal com a primeira quadra "Vem do amor a Beleza, / Como a luz vem da chama. / É lei da natureza: / Queres ser bela? - ama." do poema "Beleza". Guardo esse postal, essa memória e estes versos com muito carinho para sempre. Atualmente, o livro é meu e uma das minhas posses mais estimadas.

Ler tudo em:http://aminhaleituras.blogspot.pt/201...É constituída a obra por uma série de poemas, marcadamente românticos, na aceção mais sentimental, tanto pelo lado da paixão romântica (Rosa um suspiro) ou fatal (Víbora). Ler todo este livro, que nem é uma antologia tão grande quanto isso, leva-nos a conhecer toda a obra, em detrimento daqueles poemas que normalmente conhecemos da escola, como A Débil ou Este Inferno de Amar

Garrett conhecera a baronesa da Luz em 1846 e neste cenário bravio de mar, serra e pinhais viveu e consumou esse amor. Quando se publicaram os poemas respeitantes a esta relação, um ano antes da morte do poeta, já tudo não passava de recordação agridoce. Ele fora o Pescador da barca bela enredado na rede da sereia da qual não quis fugir. Por isso, nesse ano de 1853, a Lisboa mundana tomara conhecimento, pelas referências directas a rosa e luz, recorrentes no livro. Cascais ao evocar o êxtase
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